sábado, 30 de novembro de 2013


O que realmente é importante



Quando chegamos a certa idade nossos valores mudam, ou pelo menos deveriam mudar.
Passamos a dar mais valores ao interior que ao exterior, passamos a enxergar a vida por outro prisma.
O que nos era tão importante no passado perde todo o seu valor, e passamos a ter valores um pouco diferente.
Não me refiro aqui aos bons valores morais, honestidade, respeito, amizade,  têm  os mesmos valores da juventude.
Mas o dinheiro, o exibicionismo, estética, certos preconceitos, pelo menos alguns tendem a mudar.
Eu nunca fui preconceituosa, mas confesso fui vitima de muito preconceito.
E hoje um dos temas mais debatidos são As mulheres gordas, talvez por causa de uma personagem de uma novela da TV Globo, onde uma das personagens é uma pessoa boa, porém gorda. E esta mesma personagem sofre pressão da Família e até do marido para fazer dietas e ficar magra. Tal ponto é a pressão que numa destas dietas ela vai parar num hospital. Só ai se dá conta que ninguém realmente a ama, nem o marido, porque se a amasse ele não tentaria mudar seu corpo. Ele ama seu espírito, sua maneira de ser, mas quer que tudo que ele gosta venha dentro de uma embalagem que lhe encha os olhos.
Eu nunca fui realmente magra, sempre estive um pouco acima do peso. Pelo menos enquanto tive saúde. A fisiologia da mulher foi feita para acumular gordura. Gravidez, menopausa, hipotireoidismo, hormônios, tudo colabora para que o peso aumente, a silhueta modifique.Mas as exigências da sociedade parecem não levar isso em conta.Mulheres acima do peso são consideradas desleixadas, preguiçosas e indisciplinadas.Não creio que esse padrão de beleza venha a mudar.Logo, haverá necessidade de mais uma lei, esta para proteger as "gordas" de discriminação e preconceito.Tal como fizeram com os negros.
Sou de estatura baixa, mas com ossos grandes, resultado de minha infância e juventude, quando pescava com meu pai, enquanto eu remava ele pescava isto desenvolveu muito meus braços e peitoral. Mas não me arrependo, porque nada nem ninguém podem substituir as minhas alegrias daquela época.
Também já fui muito magra, em algumas ocasiões. Aos 23 anos quando tive meu filho, e havia passado 48 dias hospitalizada, vítima de malária e hepatite, ao dar a luz eu pesava 47 kg, Confesso que não me achei nada bonita, e assim que pude recuperei meu peso e voltei aos meus 56 kg. Aos 34 anos vitima de uma tumor no útero voltei a perder peso ,cirurgia, Quimioterapia e  lá estava eu com 45 kg,eu tinha apenas osso e pele,foi um ano de tratamento e eu me sentia muito fraca, e mesmo magra, eu não me senti nada bonita, sentia falta dos meus 59 KG.
Aos 36 anos minha mãe adoeceu, e a incumbência de cuidar dele tomei para mim.E foram dois anos, dos quais 3 meses dentro de um hospital, o sofrimento dela não me deixavam dormir nem me alimentar, e outra vez meu peso chegou a 45 kg quando de seu falecimento, e mais uma vez eu não me senti feliz estando magra.
Em dois anos recuperei meus 59Kg, e então veio a notícia que estava com um tumor nos ovários, e mais uma vez, cirurgias, químios, e de volta aos 45 kg, desta vez por ter minha própria loja tive que voltar a trabalhar mesmo  fazendo tratamento com quimioterapias e usando lenços para esconder a falta de  cabelo,eu perdia peso a olhos vistos e as pessoas me olhavam com piedade, como de a qualquer momento viessem a receber a notícia do meu desencarne.Mas com os meus 45 kg eu ainda guerreei  com a morte e á venci.Muitas pessoas que acompanharam a minha luta pela vida e que leem este blog conhecem bem minha história.
Após esta cirurgia, da retirada dos ovários, perdi alguns dos meus hormônios, e precisava repolo. Depois de muitos testes com diversos hormônios descobriram que eu não poderia  fazer uso deles, pela minha predisposição ao câncer, ele fatalmente me levaria a um câncer de mama.E eu não faço uso deles. Com isto meu metabolismo mudou e eu passei a engordar,quando cheguei aos 65 kg procurei um médico para ver o que poderia ser feito, uma vez que eu estava ganhando peso excessivo. E a resposta foi taxativa, eu me alimentava corretamente e não tinha como me impor uma dieta, que era meu metabolismo que havia mudado, e apenas os hormônios o fariam mudar. E ele me fez a pergunta crucial, para você usar um manequim 38 é mais importante que sua vida?
E eu respondi que não, que ainda havia muito por fazer. E tomei a decisão de começar realmente a viver, fazer as coisas que realmente eu gostava, abandonei tudo e assim o fiz.
Não creio que ser um cabide para desfilar roupas iria me fazer mais feliz do que sou hoje.
E acredito que quem gostar de mim irá gostar pelo que sou,não pelo que aparento,com 80 ou 100 kg sempre serei o que sou, e é isto que não quero mudar. Tudo que for material, deixarei neste mundo quando partir, até mesmo este corpo que me foi dado para que pudesse cumprir minhas atividades na Terra.Levarei comigo apenas minhas ações, e eu espero que estas ações sejam muito boas.
Ass: Almerinda Edite


segunda-feira, 18 de novembro de 2013


Sabedoria X inteligência


Quando fazemos uma palestra numa casa espírita, muitas vezes nos deixamos guiar por nossos mentores espirituais.
Mesmo porque a função das palestras é passar ensinamentos, sabedoria, compreensão, e claro, ninguém melhor que espíritos lúcidos, esclarecidos desencarnados para nos passar estes ensinamentos.
No entanto esta palestra foi dada baseada em fatos do cotidiano de minha vida. Achei que assim como um ente amado meu não conseguia entender, talvez outros irmãos também pudessem estar passando pelas mesmas dificuldades.
Tenho um filho casado com uma mulher 10 anos mais velha que ele. Tanto meu filho quanto minha nora estão no segundo casamento. Ele não teve filhos no primeiro casamento e ela tem um casal, na época que se casaram a menina tinha 16 anos e o menino 18, os dois na adolescência, quem tem, ou teve filhos na adolescência sabe como é.
Naquele sábado eu estranhei quando vi o carro dele estacionar em frente da casa. Pela fisionomia percebi que estava aborrecido. Abri-lhe a porta, convidei a sentar, e perguntei se aceitava um café, coisa que jamais recusava.
Ao entregar-lhe o café perguntei o que havia acontecido. E ele desfiou um rosário.
Que estava decidido a separar da esposa, que já não suportava mais, que entre viver num inferno preferia viver sozinho. Eu apenas escutava. Dizia que a enteada era desleixada, que passava o dia vendo TV, não ajudava com as tarefas da casa, deixando todo o trabalho para a mãe quando chegava do trabalho cansada. Que os garotos não tinham responsabilidade alguma, respeito, ou coisa do gênero. Que se ele comprasse 5 Kg de uvas ao vir do trabalho e colocasse na geladeira, no dia seguinte não havia um bago de uva, comiam tudo e deixavam o prato sujo na geladeira.
Que o mesmo acontecia com refrigerantes ou outras guloseimas. Os dois eram egoístas, só lembravam-se deles.
Ele e a mãe nunca tinham direito a nada.E desfiou o rosário sem fim por um bom tempo.
A gota dágua tinha sido o enteado pegar o carro dele sem autorização, sem habilitação, e ter arranhado o carro.
Então ele não falou nada, entrou no carro e veio para minha casa para que eu abençoasse a decisão dele de separar da esposa.
Quando terminou todo o relato, depois de umas 3 xícaras de café ele olhou pra mim e disse, é isso ai mãe, não estou aguentando mais.
Então olhei para ele e perguntei. E a tua esposa? O que ela  fez?Ele olhou para mim sem dizer nada, como se não estivesse entendendo. E eu continuei... Meu filho, vc chegou aqui dizendo que ia separar de sua esposa, porque estava vivendo num inferno. Eu estou querendo entender onde está a culpa de sua esposa.
Ele ficou roxo de raiva e já vociferando me respondeu....Mãe os filhos são dela!
Eu olhei calmamente para ele e retruquei, “ Quer dizer que tudo que você e suas irmãs fizerem de errado eu devo pagar o pato? É isto que você está dizendo?Se vocês roubarem eu devo ser presa.Se baterem em alguém eu mereço ser surrada...
E ele me respondeu, mãe, os filhos são dela, eu não posso pedir para ela mandar os filhos embora.
Realmente, eu falei, porque se a situação fosse inversa, ou seja, se fossem seus filhos você não aceitaria,
A bem da verdade se fosse seus filhos você nem estaria se preocupando com eles devorarem tudo que vissem pela frente, porque estão em idade de crescimento, jovem é guloso mesmo, é egoísta mesmo, é malandro mesmo.
Você iria dar uma bronca neles  e 5 minutos depois teria esquecido.Ainda iria trazer mais 5 kg de uvas e avisar.
Deixem uva pra mim e sua mãe.Isto se eles fossem seus filhos, mas eles não são...Então eu acho que você deve mesmo separar de sua esposa.
Quanto a seu enteado pegar seu carro sem autorização e sem carteira....
Você esta lembrado de quantas vezes aquele meu Gol branco foi para o latoeiro?
E não era eu que arranhava, nem arrancava o retrovisor. Tão pouco eram suas irmãs.
Esqueceu foi? Mas eu não lembro de ter me separado de você por suas artes de adolescente?
E quantos pudins inteiros você comeu e deixou o prato sujo na geladeira? Esqueceu?
Lembra quantos finais de semana sua mãe cansada, tinha que abrir seus armários para tirar roupas sujas, que você escondia lá dentro?Esqueceu...
E aqueles 50 reais da feira que você pegou e gastou tudo em chicletes? Lembra? E o tamanho do buraco que fiz você cavar, descascar todos os chicletes jogar no buraco e depois tapar com terra.
Meu filho caiu na risada, me abraçou, e cochichou no meu ouvido, é por isto que te amo tanto.
Tomou mais uma xícara de café, se despediu dizendo que ia pra casa. Acompanhei-o até o portão
Acenei “dizendo” Vá com Deus”

Por Edite Vicente

domingo, 14 de julho de 2013

Arraiá Colégio Almerinda Edite


quarta-feira, 29 de maio de 2013



Conversa de Ponto de Ônibus


Duas senhoras na faixa dos 50 anos e outra ainda jovem com os dois filhos pequenos aguardam o onibus.
Após 15 minutos de espera, a mais jovem abaixa-se para falar com os filhos.
Meus queridos,  a mãe tem que ir trabalhar, o onibus está atrasado e não vou poder colocar vocês no Onibus.
Faltam apenas 5 minutos para eu bater meu ponto.
Aqui está os passes, peguem o Onibus, saltem no ponto onde sempre saltam, quando chegarem em casa
Tomem banho e comam a comida que está no microndas, escovem os dentes e deitem na cama da mãe para ver TV.
falando isto, beijou as duas crianças e se foi.
A menina aparentava seus 8 anos e o menino uns 6, trajavam uniformes de escola publica.
As duas senhoras observavam a cena.
Ao ver a jovem se afastar, uma comentou com a outra:
Da uma pena ver esta cena, muito isto aconteceu Comigo.
Ainda jovem meu marido me largou por outra, e eu fiquei com meus dois filhos para Criar.
Precisava trabalhar, para dar-lhes casa, comida e roupas.
Trabalhei em casa de Familia a Minha vida inteira para criar os dois.
Naquela época não tinha o Celular para ligar e saber como eles estavam
e eu trabalhava o dia todo com o coração nas mãos, preocupada em como eles estavam.
Quando minha filha mais velha fez 14 anos, eu consegui um emprego para ela na PROMENOR.
E fui orientando, depois ela fez um curso técnico, conseguiu um bom emprego, e pode fazer uma faculdade.
Para facilitar a vida dela, eu dava todo mês o passe para a universidade e pagava a sua alimentação.
E assim ela se formou, hoje está com 27 anos,
Meu filho eu agi do Mesmo geito, mas é bem mais novo que ela, tem 21 anos, ainda está fazendo Universidade.
E eu ainda o ajudo com as despesas para que possa se formar.
A Outra senhora ouvia tudo, e apenas Fazia gestos de Cabeça.
Mas lá dentro recordava o quanto tinha sido dificultoso criar os três filhos sózinha.
aPÓS O Relato da senhora ela perguntou a mesma.
E hoje? seus filhos reconhecem o seu sacrifício? São Bons filhos?
A senhora olhou nos olhos dela e respondeu.
Senhora, eles são gente de Bem, trabalhdores e esforçados.
Mas não posso dizer que são Bons filhos.
Minha filha de 27 anos tem carro, Mas se preciso ir no mercado ou num médico tenho que ir de onibus.
Assim que ela teve melhor condição financeira, tratou de Comprar um apartamento Pra ela.
Deixando eu e o irmão morando na casinha simples e velha, onde os criei.
Eu quase não a vejo, ela só me procura se precisa de Mim para algo.
Já meu filho ainda mora comigo, já comprou o carro dele.
e continuo andando de Onibus, e levando minhas compras nas costas, como sempre fiz.
Portanto sei que com o passar do tempo fará o mesmo que a irmã fez.
Não senhora, eles não são bons filhos, e tão pouco reconhecem nada do que fiz por eles.
Mas quer saber? Entrego nas mãos de Deus.Ele sabe tudo que passei ao longo destes anos.
A outra senhora abriu um leve sorriso.E apenas disse, com certeza.
O onibus chegou e Com ele levou as duas Crianças, E duas Mães sofridas.
A senhora que havia relatado sua triste história sentou mais ao fundo.
A que ouvira o relato, sentou e abriu a bolsa e retirou de dentro um envelope
onde se Lia, Neoplasia.
Fechou seus olhos e recordou todos os dias de Sua vida desde que se separara e ficara com os três filhos
Ainda  pequenos.
Vislumbrou cada alegria e cada Sofrimento pelo qual tinha passado.
Recordou as tantas vezes que havia estado ao lado dos filhos quando a vida os contrariava.
Lembrou as tantas vezes que havia sido amparo.
E neste momento, o único amparo que tinha era o velho e companheiro assento do ônibus.

quarta-feira, 13 de março de 2013

A verdade que muitos temem



Ao sete anos de idade fui levado por minha mãe, Teresa Romero Rivera, para um seminário jesuíta, onde iniciei meus estudos para ser um padre.


Lembro que chorei muito e me agarrei á minha mãe, quando chegamos á porta;

 eu não queria entrar de jeito nenhum.

Dois anos mais tarde, minha avó e duas tias foram me buscar, a conselho do médico,

para o ultimo adeus á minha mãe, que estava á beira da morte.
 Eu, no entanto, disse que minha mãe era a Igreja e minha casa o seminário pois,
 sob os intensos ensinamentos dos padres jesuítas, eu havia mudado completamente.

Segundo um dos votos mais sagrados, o da obediência,
segui a ordem recebida do padre reitor e fui ver minha mãe,
uma fiel seguidora dos princípios do catolicismo, devota da Virgem Maria,
nunca tendo faltado a uma missa sequer.
Ela desesperadamente, agarrou-se a mim pedindo que rezasse por ela,
pois tinha muito medo; via monstros horríveis tentando agarrá-la para levá-la, após a morte, aonde pessoas estavam sendo queimadas.
Suas visões não eram efeito de medicamentos, pois não fazia uso de nenhum.
Morreu aos 32 anos, com uma expressão de horror marcando seu rosto.

De volta ao seminário, após o enterro de minha mãe, quando dormia em meu quarto,
alguém subiu na minha cama e começou a me beijar.era um dos meus colegas.
Após quebrar-lhe o nariz com um soco, comecei a gritar que todos acorressem ao meu quarto.
O padre reitor, mandando que todos se retirassem,
mandou que eu ajoelhasse e confessasse meu “pecado”,
por ter rejeitado o “amor de Deus que o colega tinha ido me oferecer”. Para minha surpresa, descobri que o homossexualismo existia em todo sistema,
desde os sacerdotes até os cardeais.
Pelo fato da Igreja Católica Romana não permitir o casamento de sacerdotes e freiras,
 problemas terríveis têm surgido. Em Madrid, em 1932, e em Sevilha, na Espanha, em 1934, foram encontrados esqueletos de bebês sepultados á volta dos conventos.
Os presidentes Aznar e Azanha ordenaram uma minuciosa investigação em todo território nacional, em todos os monastérios, conventos, escolas católicas romanas e edifícios religiosos.
Em 1936 encontraram um túnel ligando um convento de freiras
a um monastério de sacerdotes.
 Corpos de bebês foram encontrados nesse túnel
e os médicos legistas constataram que em quase todos eles
a causa da morte foi estrangulamento.
Naquele ano, espanhóis católicos enfurecidos destruíram muitos edifícios religiosos
 onde esses túmulos existiam.

Aos 16 anos, durante uma aula no seminário,
 sem saber cometi o que era considerado uma afronta ao papa,
 questionando o fato do apóstolo Pedro ser considerado o primeiro Papa.
”Como pode Pedro ser a Rocha na qual a Igreja foi construída?
Não é Jesus a Rocha?”, indaguei eu, inocentemente.
Fui expulso da classe acusado de ser um herege comunista.

Duas horas depois, o mesmo professor me chamou á sua sala e explicou que estava de pleno acordo com minha colocação, mas ninguém podia saber disso,
para que ele não fosse punido pelos feitos.
Disse-me que mais tarde eu compreenderia
que existiam coisas as quais nunca deveriam ser ditas.






Dr. Alberto Rivera,
Ex-padre jesuíta  

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Racismo





Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras.

Quem como eu tem perto de 60 anos vivenciou de perto o racismo.
Quem diz que não, é hipócrita ou sofre do mal de Alzheimer.
Na minha cidade não é feriado no dia da Consciência Negra.
Não que eu ache que deveria ser feriado, mas creio que esta consciência deva ser plantada em todos.
Meu estado não foi um grande plantador da cultura do café.
Consequentemente eram poucos os negros na cidade.

A cultura no sul do Brasil é basicamente italiana e alemã, pessoas que na época da segunda guerra mundial buscaram asilo no Brasil, e se alojaram  mais ao sul do Brasil.
Assistindo ao filme” Estórias Cruzadas” o filme relata basicamente
o Racismo entre mulheres negras e brancas.No Mississípi,EUA.
Me reportei a minha infância e juventude época onde pude de mais perto conviver com o racismo.
Lembrei de uma colega de escola, estudávamos na mesma sala e morávamos no mesmo bairro.
Portanto pegávamos o mesmo ônibus para irmos a escola.
Eu embarcava unas 5 paradas antes dela,e logo alguém sentava ao meu lado, então ela embarcava, sentava num banco e ia sozinha até a escola.
ninguém sentava perto dela, adultos ou crianças, faziam o trajeto em pé, para não sentar perto dela.
Isto no meu conceito é racismo.
E no colégio a coisa não era diferente, na ápoca eram usadas carteiras para dois alunos,
 mas ela sentava sozinha.
Porque nenhuma criança queria sentar perto dela.
Eu logicamente sentava na primeira carteira, por ser baixinha e enxergar muito pouco.

Quando havia trabalho a fazer em grupo, geralmente eu fazia com ela, além de morarmos perto, Noemi
“este era o nome dela, que coisa estranha, quase não lembro o nome dos colegas da época, mas o dela nunca esqueci”
Era muito inteligente e esforçada, trabalhos feitos por nós duas era 10 garantido.
Quando Noemi chegava a minha casa, lembro de minha mãe na porta de meu quarto dizendo...
“ Aquela tua colega Negrinha está ai”, não lembro de jamais minha mãe pronunciar o nome dela.
Pessoas negras eram pessoas de cor, como se branco não fosse cor, negro era.
Jamais vou esquecer de um episódio na minha juventude.
Eu e mais  quatro amigas fomos a um baile, início dos anos 70.
Naquela época tínhamos carteirinhas dos clubes do bairro,
e quem tinha carteira, era sócio e não pagava ingresso.

na entrada uma das amigas foi barrada.Naquela época, negros e prostitutas  eram igualados,não podiam frequentar os mesmos lugares que pessoas ''Normais''.
E esta amiga era mulata, três poderiam entrar, ela não.
Não tenho como exprimir aqui a minha indignação.
Lembro que ela ficou paralisada, não esboçou um gesto ou palavra.
Eu reagi instantaneamente, mesmo porque eu nunca fui de pensar antes de agir.
na porta mesmo rasguei minha carteirinha  em meio a xingamentos contra o preconceito.
Imediatamente os  amigos que estavam comigo,constrangidos fizeram o mesmo, e muitos que estavam na fila nos seguiram.
Rasgando as carteirinhas e abandonando o local.
Graças a Deus sempre fui uma anarquista.
Acredito que se em menos de 50 anos vivíamos num regime racista, ele ainda não apagou.
Mesmo que sejamos um país sem memória, ainda tem os que lembram.
Honestamente enquanto for viva quero sempre lembrar.
Porque ao longo da minha vida, vi coisas medonhas serem praticadas em nome do racismo.
Basta abrirmos um livro de história para termos certeza disto.
Não acredito em raças superiores ou inferiores, não acredito que a guerra leve a paz, como muitos acreditam.
Minha bandeira não é verde e amarela, minha bandeira sempre foi e sempre será a bandeira da Paz.
Almerinda Edite Silva
     25/02/2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Em Busca da Felicidade






     Acho que tudo que envolve sentimentos é um pouco Polêmico.
Muitos estudiosos ao longo dos séculos tem buscado entender o que realmente é felicidade.
Mas eu acredito que a felicidade é um conjunto de fatores, que quando alcançados levam a felicidade.
O que é uma grande felicidade para uns, não é para o outro.
Porque cada ser atrela a felicidade a um estado, coisa, ou pessoa.
Ao longo de minha vida, conheci pessoas que achavam que só seriam felizes, se fossem amadas
Por esta ou aquela Pessoa. Ou seja, a sua felicidade estava, ou dependia de outra pessoa.
Outras que conheci achavam que sua Felicidade estava no poder.
A felicidade destas pessoas  dependia de Poder Mandar. Se sentir superior a outros.
Isto para eles era a felicidade.
Também conheci  pessoas que achavam que sua felicidade estava num bem móvel ou imóvel.
Carros, casas, sítios, apartamentos, barcos.
Para alguns esta é a felicidade.conseguir aquilo que almejam.
Ou seja, a felicidade para todos é atingir um alvo.
Mas todas as pessoas que conseguem atingir o seu alvo, aquilo que almejaram, depois de algum tempo
Percebem que a tal felicidade os deixou outra vez. Ou seja, a tal felicidade não é duradoura.
Ela  deixa as pessoas"tão logo é encontrada".
E o que fica, é aquela sensação de vazio.
Com certeza alguns de nós já sentiu  a Tal sensação.
Já escutei pregarem que este vazio só pode ser preenchido Por Deus.
E muitos depois de algum tempo correm para uma igreja e tornan-se evangelizadores.
Isto em todas as religiões. E muitos apregoam que preencheram seus vazios.
Mentira..... O vazio continua lá.Apenas trocaram o alvo.
Se antes era uma pessoa, poder, Bens. Agora é a sede de arrebanhar.
Quantos mais trouxerem para a igreja, mais felizes.
Dizem que a religião é um ópium, e eu acredito .
Mas temos muitos ópiuns no mundo de  hoje, inclusive a internet.
Ao longo dos anos, depois de focar minha felicidade em pessoas, bens móveis e imóveis.
Viagens, trabalho.....enfim tantas coisas, descobri que a felicidade era uma coisa bem simples.
E  que ela esta sempre ao alcance de Todos.
Na verdade, descobri que a felicidade mora em nós mesmos.
E que podemos senti-la  no momento que quiser-mos.
Para o cego, a felicidade está em um dia poder ver.
Quando na realidade a felicidade está  no poder tocar, sentir,poder ver com os olhos da Alma.
Coisa que nós que temos visão não fazemos.
Para o surdo, a felicidade está em poder ouvir.
Quando na realidade a felicidade deveria estar em poder se fazer entender e no entendimento do Outro.
Nós que temos audição, quase nunca nos importamos em entender o que o outro fala.
E também muitas vezes não conseguimos nos fazer entender, e até não fazemos questão disto.
Hoje, eu consigo me ver, Me ouvir, me entender.
Entrei em mim mesma, me compreendi. Dei a mim aquilo que eu realmente precisava.Compreensão.
Hoje me sinto Feliz quando leio um bom livro.Quando assisto um bom filme.
Quando sinto a brisa fresca bater no meu corpo.
Sou feliz quando vejo um dia nascer, ou o sol se pondo.
Quando vejo no céu negro a lua prateada rodeada do brilho das estrelas, eu me sinto feliz.
Hoje eu sou feliz porque compreendi que não posso atrelar minha felicidade a outra pessoa senão a mim mesma. Também hoje não deixo que as pessoas atrelem sua felicidade a minha pessoa.
Não gosto de ser causa de infelicidade , ou vazio.
Percebi que é isto que damos as pessoas, quando deixamos que atrelem sua felicidade a nóssa pessoa.
Procuro amar aos que me cercam. Mas se não sou amada por eles, continuo sendo feliz.
Porque minha felicidade não depende de pessoas, amadas ou não.
Minha felicidade não depende de Ninguém, de dinheiro, status,Bens móveis ou Imóveis.
Minha felicidade depende única e exclusivamente de Mim.
Procure se conhecer, de-se uma chance para ser feliz.
Se você se compreender, se amar,se respeitar,com certeza você achara a Felicidade
ass: AES